A Polícia Civil do Piauí segue investigando a morte da adolescente Maria Victória Rodrigues dos Santos, de 15 anos, encontrada morta em Itaueira há pouco mais de dois meses. Maria Victória estava grávida de aproximadamente cinco meses no momento do crime. Um exame de DNA foi realizado para constatar a paternidade do bebê, e a polícia aguarda o resultado.

Arquivo Pessoal

Maria Victória Rodrigues dos Santos, de 15 anos, foi encontrada morta em Itaueira

Segundo o delegado responsável pelo caso, João Ênio Coimbra, o exame foi feito a partir do material genético do homem apontado como pai da criança, que seria o então namorado da adolescente. O resultado é uma das peças importantes para o avanço das investigações.

O crime ocorreu no dia 24 de março, quando a mãe da adolescente a encontrou morta dentro de casa. Maria Victória apresentava perfurações no tórax, hematomas no rosto, pescoço e braços. A família descobriu a gravidez poucos dias antes do crime, o que, segundo o delegado, pode estar relacionado à motivação do homicídio.

Até o momento, o padrasto da vítima, identificado como R.S.G., está preso temporariamente suspeito do crime. No entanto, ele nega envolvimento, alegando ter estado na casa dos pais no momento do ocorrido. Dados extraídos do celular do suspeito, porém, confirmam sua presença no local, o que contraria sua versão.

Reprodução

Celular de padrasto suspeito comprova participação na morte de adolescente grávida em Itaueira

O delegado João Ênio destacou que as investigações são complexas devido à falta de testemunhas diretas e à ausência de confissão por parte do suspeito. A Polícia Civil está ouvindo pessoas próximas à vítima para identificar possíveis ameaças ou conflitos relacionados ao padrasto, além de investigar se ciúmes ligados ao namoro da adolescente podem ter contribuído para o crime.

O corpo de Maria Victória foi exumado para realização de exames complementares que possam ajudar a esclarecer a autoria do homicídio. A polícia também aguarda outros laudos da Polícia Científica para dar continuidade ao inquérito.

O prazo legal para conclusão das investigações é de 30 dias após a prisão temporária do suspeito. Caso a polícia entenda necessário, poderá solicitar a prisão preventiva de R.S.G. O caso segue sob sigilo, e a polícia mantém aberto o canal para novos depoimentos e informações.