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"Se militar ajudou na entrada do celular, será responsabilizado", diz promotor sobre caso da vereadora Tatiana Medeiros

Mesmo com a confissão da mãe da vereadora , o promotor destacou que a apuração não se encerra aí. Segundo ele, será investigado se houve facilitação ou omissão por parte de algum policial militar.

23/05/2025 às 18h10

23/05/2025 às 18h10

O promotor Assuero Steveson, titular da 9ª Promotoria de Justiça Militar de Teresina, afirmou nesta sexta-feira (23) que qualquer agente de segurança que tenha facilitado ou se omitido diante da entrada de aparelhos eletrônicos na cela da vereadora Tatiana Medeiros será responsabilizado. A declaração foi dada após a abertura de um Inquérito Policial Militar (IPM), solicitado por ele, para apurar o caso.

Promotor Assuero Stevenson, titular da 9ª Promotoria de Justiça Militar de Teresina - (Divulgação MPPI) Divulgação MPPI
Promotor Assuero Stevenson, titular da 9ª Promotoria de Justiça Militar de Teresina

Dois aparelhos, um celular e um tablet, foram encontrados na última terça-feira (20) durante uma vistoria na sala especial onde Tatiana Medeiros, do PSB, cumpre prisão preventiva no Quartel do Comando-Geral da Polícia Militar do Piauí (QCG), em Teresina. Inicialmente, a vereadora afirmou que os aparelhos haviam sido entregues por seu advogado. No entanto, a mãe dela, Maria Odélia Medeiros, assumiu posteriormente ter levado o celular, alegando preocupação com a saúde mental da filha.

Mesmo com a confissão, o promotor destacou que a apuração não se encerra aí. Segundo ele, será investigado se houve facilitação ou omissão por parte de algum policial militar.

“Se o militar, por exemplo, viu a pessoa entrar no final, ele também vai ser responsabilizado. As investigações vão prosseguir para saber se houve participação de algum militar ou não”, afirmou Steveson em entrevista ao Portal O Dia.

Anteriormente, o promotor já havia criticado com veemência a presença dos aparelhos na cela. “Não é permitido, isso é um absurdo. Imediatamente manifestei minha indignação. As pessoas que estão sob custódia devem cumprir o que estabelece a lei. Não pode ter celular, não pode ter [aparelhos eletrônicos], é uma área de segurança”, disse.

Com a abertura do IPM, a responsabilidade de possíveis militares envolvidos será analisada. Caso não seja constatada a participação de policiais, o inquérito será remetido à Polícia Civil para investigação sobre a conduta da mãe da vereadora.

Entenda o caso

Tatiana Medeiros está presa preventivamente no QCG, investigada pela Polícia Federal sob suspeita de crimes como compra de votos, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e envolvimento com organização criminosa. A vereadora, seu padrasto e seu namorado já foram indiciados no inquérito principal. Entre as provas, estão documentos e registros de transferências via Pix, apreendidos no Instituto Vamos Juntos, ONG fundada por Tatiana e atualmente com as atividades suspensas por ordem judicial.


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