A cidade de Teresina possui atualmente 150 áreas de risco mapeadas, suscetíveis a deslizamentos, alagamentos e solapamento de margens. O número é resultado de um estudo técnico realizado por geólogos do Serviço Geológico do Brasil (SGB) entre outubro de 2024 e fevereiro de 2025, em parceria com a Defesa Civil Municipal.

Essas áreas incluem tanto regiões povoadas quanto não habitadas e servem como base para o planejamento de ações preventivas, vistorias técnicas e alertas à população.
Segundo dados levantados pela Defesa Civil Municipal até abril, os atendimentos realizados em Teresina se concentraram principalmente na zona Norte da cidade, que respondeu por 38% das ocorrências. Em seguida, vieram as zonas Sul (31%), Leste (20%) e Sudeste (9%).
Os principais chamados envolveram imóveis com rachaduras ou alagamentos, que representaram 38% das situações registradas. Também foram comuns os casos de árvores com risco de queda ou já caídas, que somaram 22% dos atendimentos, além de alagamentos em vias públicas, com 11%. Houve ainda registro de incêndios (4,5%) e tremores ou pequenos desmoronamentos (4,5%).

De acordo com o coronel José Nunes, secretário da Defesa Civil de Teresina, as vistorias só estão sendo realizadas mediante solicitação da população. Quando o órgão é acionado, um técnico vai ao local, avalia a situação e encaminha o caso para a Superintendência de Desenvolvimento Urbano (SDU) ou, se necessário, para a Semcaspi, que trata de medidas sociais como o aluguel solidário.
“Quando o morador percebe rachaduras, desníveis ou sinais de risco no imóvel, ele pode ligar para a Defesa Civil, fazemos o cadastro, realizamos uma vistoria e encaminhamos para os órgãos competentes, como a SDU ou a Semcaspi, se for necessário algum tipo de apoio social”, explicou.

Apesar de Teresina estar oficialmente em período seco, uma chuva forte e inesperada registrada no último dia 21 de maio acendeu o alerta das autoridades municipais. A precipitação, considerada atípica, causou estragos em algumas regiões da capital e levou a atendimentos emergenciais.
“Estamos monitorando a situação climática diariamente e realizando os atendimentos conforme as solicitações chegam. Apesar do período seco, tivemos uma chuva atípica no último dia 21, e isso também exigiu resposta rápida”, disse o coronel.
O que fazer em caso de risco?
A Defesa Civil de Teresina orienta que moradores que identificarem rachaduras nas paredes, afundamentos no solo, infiltrações, árvores inclinadas, alagamentos frequentes ou qualquer outro sinal de instabilidade em imóveis ou no entorno devem acionar imediatamente o órgão.

O atendimento é feito inicialmente por telefone. Após o contato, a equipe realiza o cadastro da ocorrência e agenda uma vistoria técnica no local. A partir da avaliação, o caso pode ser encaminhado à SDU, responsável por obras e urbanismo, ou à Semcaspi, que cuida de medidas sociais, como aluguel solidário ou reassentamento, quando necessário.
Como acionar a Defesa Civil
Moradores que identificarem rachaduras, risco de desabamento, deslizamentos ou alagamentos devem entrar em contato com a Defesa Civil pelo número (86) 99514-2250, que funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana.
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