O orçamento das instituições federais de ensino superior no Piauí está apertado e precisa de adequações para este ano de 2025. No entanto, o anúncio do Ministério da Educação, feito no final de maio, de que que vai recompor parte do que estava congelado pode dar um fôlego e ajudar no custeio das atividades cotidianas da Universidade Federal do Piauí e do Instituto Federal do Piauí.
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No caso da UFPI, a instituição já vem economizando como forma de manter-se numa margem que impeça a instituição de entrar no vermelho. A recomposição deve ajudar a Universidade a enfrentar o cenário de redução de recursos destinado ao ensino superior – ocorrida na última década. Mesmo assim, a reitora Nadir Nogueira deve anunciar nos próximos dias um pacote de medidas para cortar despesas e adequar o funcionamento da instituição à realidade econômica.
De acordo com o pró-reitor de Planejamento, Marcos Lira, a equipe está estudando as ações necessárias para garantir uma redução de despesas de energia elétrica, combustíveis, redução de valores de contratos com empresas terceirizadas nas áreas de segurança, limpeza, manutenção, dentre outros serviços. “A missão é garantir o funcionamento da UFPI sem entrar no vermelho, o que só deve ocorrer com muita responsabilidade diante do engessamento que temos no orçamento”, explica.
Na prática, Marcos Lira explica que o valor que estava congelado e foi recomposto é de R$ 6,3 milhões, que agora viabilizam a atualização de pagamentos de contratos e outras despesas.
A previsão orçamentária da UFPI para 2025 é na ordem de R$ 890 milhões, mas destes, 83% é para pagamento com pessoal, ou seja, é dinheiro que já cai direto na conta de professores, servidores e demais integrantes efetivos da instituição. Dessa forma, sobram R$ 127 milhões para despesas discricionárias, que é o que garante o custeio (energia, água, combustível, assistência estudantil, limpeza, segurança, restaurantes, etc) e investimentos.
Em relação aos investimentos, a Pró-reitoria de Planejamento explica que dos R$ 3,5 milhões previsto para este ano, R$ 2 milhões já foram executado e que a instituição faz um esforço na busca de mais recursos.
IFPI deve usar recomposição para eventos acadêmicos, visitas técnicas e editais de pesquisa
Ao O DIA, o reitor do IFPI, Paulo Borges, explicou que a recomposição autorizada pelo Ministério da Educação vai fazer chegar cerca de R$ 3 milhões a instituição, o que deve fazer com que a instituição retome com mais força a realização de eventos acadêmicos, visitas técnicas e capacitações e viabilize a abertura de editais de pesquisa científica.

A instituição já vinha desde o início do ano tratando da redução de despesas com contratos, energia, eventos, e mesmo assim vinha funcionando de forma normal. O reitor explicou ainda que atualmente, uma das principais dificuldades estão relacionadas aos investimentos, que segundo ele, pelo orçamento deste ano, é de apenas R$ 600 mil – valor insuficiente para fazer grandes aquisições e obras.
“As instituições fazem um esforço para garantir o pleno funcionamento, a assistência estudantil, cuidar da segurança, de capacitações, enfim, no entanto, é sabido que desde o governo Temer foi perdido um volume de recursos muito grande. Nossa luta é para que voltemos ao tempo dos investimentos, que ao que parece não será este ano”, cita o reitor, acrescentando que o orçamento anual da instituição é de R$ 81 milhões, com pouco percentual de discricionariedade
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